sexta-feira, abril 24, 2009

Austin Rockstars Handball na TV

Não sei se já falei dos Austin Rockstars... é o nosso time de handebol daqui.

Achei o pessoal através do craigslist. Não sei se vocês conhecem o craigslist, é um site de classificados. Ninguém mais usa o jornal pra vender as coisas aqui, é tudo craigslist. Cada cidade tem um craigslist, o nosso endereço aqui é austin.craigslist.org. Um dia passeando pelo site vi um anúncio do time de handebol que estava começando a treinar junto. Respondi, entrei na lista, mas demorei a aparecer pra treinar. Tinha medo por causa do joelho.

Ano passado resolvi aparecer e nossa, fiquei muito feliz depois do primeiro treino, que saudade que eu estava de jogar handebol. Desde os jogos intercursos da UFSC há uns 17 anos atrás que eu não jogava. Depois de alguns treinos o meu braço começou a doer e eu parei de ir, daí veio verão, viagem ao Brasil, etc, só fui voltar a jogar este ano.

Mas agora sou assíduo, treinamos duas vezes por semana e fazemos vários jogos. Começamos uma liga da cidade, uma liga estadual. O time viajou para Miami para jogar um torneio, mas eu não fui pois tinha acabado de voltar do Brasil. Nosso pessoal é formado por estrangeiros como eu que moram em Austin e jogaram handebol em seus países de origem, e americanos que de uma forma ou de outra se encantaram com o esporte e estão praticando e aprendendo. Eu diria que a proporção é 50% de americanos e 50% de estrangeiros. Tem três brasileiros além de mim.

Anteontem jogamos contra o Houston Firehawks, lá na Universidade de Houston. O time deles é muito bom e atlético, não conseguimos vencê-los. A viagem foi divertida, mas muito cansativa. Como eu tinha jogado futebol indoor na sexta e tive treino de handebol no sábado, foi duro levantar da cama na segunda-feira.

Na sexta-feira nosso time apareceu na TV, num programa local tipo "Bom Dia Santa Catarina". As gravações foram às 6 da manhã e como eu tinha ido ver o show do Arc Angels no Continental Club na noite anterior até as 2h, resolvi não ir. Se quiser ver o artigo, clique aqui.

Esta semana tem mais uma etapa do "citadino" (city league). O nosso site é www.austinhandball.info e eu jogo pelo time chamado Bad News Bears. Dá uma olhada!

quarta-feira, abril 22, 2009

Earth Day

Hoje é o Earth Day... será que dizemos "Feliz Earth Day"?

Enfim, é um dia para a consciência ecológica, e que meus amigos mostraram ter muito mais do que eu. Foi o post com mais comentários de toda a história desse blog. :)

Para celebrar o Earth Day coloco aqui as banners alusivas que fiz, encomendadas por um cliente. Gostei bastante das mensagens.















Clique nas imagens para vê-las no tamanho real. Aguardo comentários!

terça-feira, abril 21, 2009

Would you like a bag?

Quando eu cheguei nos EUA em 2005, eu ficava brabo quando ia numa loja, qualquer loja, e o caixa me perguntava: "Would you like a bag?" (Você quer uma sacola?) - Ora bolas, deixem de ser mão de vaca, acabei de gastar uma grana nesta loja e vocês estão misurando uma sacolinha de plástico?
Plástico - é exatamente esse o problema. Naquela época já havia uma consciência de não desperdiçar, e eu idiota não percebia.
Outro dia li o post da Luizinha sobre a faixa de ônibus na ponte Colombo Salles em Florianópolis, e fiquei pensando como ser mais ecológico. Tá aí um pequeno começo: não peço mais sacolas nas lojas. Inclusive comprei uma sacola reutilizável na Barnes & Noble para as ocasiões onde fica difícil carregar as coisas na mão.
Nunca dei bola para o Earth Day. Por ter colaborado na criação de umas banners sobre o Earth Day para o site de um cliente, fiquei mais ligado. Quem sabe assim começo?
Tenho uma colega de trabalho que chegou a instalar um sistema de irrigação de grama baseado em barris que acumulam a água da chuva. Aqui no Texas como não chove quase nada, não ia funcionar, mas é interessante. Além disso, ela fez o depósito para comprar um Tesla Model S, já ouviu falar? Dá uma olhada no site deles. É um carro totalmente elétrico. Um meio bem bonito de ser "green". Pena que só chega em 2011 pra ela. Aqui está uma fotinho do bólido:

segunda-feira, abril 20, 2009

Basketball

Em época de playoff da NBA, finalmente terminei de instalar a tabela de basquete que ganhei da Gi no Natal de 2007!
Tinha aquela vontade tola de ter uma tabela de basquete como a gente vê nos filmes americanos, desde quando cheguei aqui. Daí a Gi sempre atenta me deu uma de prsente.
Comecei a montar há um ano atrás, mas não terminei. O negócio estava ocupando metade da nossa garagem e eu nada de instalar. É que já previa que não ia ficar muito legal: nossa entrada de carros é muito inclinada, e a rua também, então é só errar um arremesso que tem que buscar a bola de bicicleta.
Mas ou era instalar ou dar pra alguém, pois guardada na garagem não podia mais ficar. Daí hoje conseguimos voltar razoavelmente cedo de um agradável churrasco com os amigos, e nos empolgamos pra terminar.
Faltava somente encher a base de algo pesado. Eu já tinha comprado areia de parquinho infantil, como recomendado, mas comecei a ter idéias de de repente colocar água e ver como ia ficar, pois água é bem mais fácil de tirar se não desse certo.
Mas no fim resolvemos colocar a areia mesmo, e com um funilzinho despejamos 150 quilos de areia lá dentro. Veja fotos do processo:
Precisamos colocar uns tijolos para tentar nivelar a base devido à incinação da grama. Eu queria colocá-la do outro lado da entrada da garagem, onde a grama é mais plana, mas a Gi bateu o pé e disse que não rolava, pois ia ficar "na frente da casa". Tudo bem, ela é quem manda mesmo.
Ficou até bonitinho... não sei se o vizinho vai gostar, pois a bola tem uma tendência a cair no quintal dele. Ou de sair correndo rua abaixo. Eu não sei o quanto vou aproveitar isso pode acontecer de jogar umas duas ou três vezes e depois enjoar, vamos ver. Mas pelo menos realizei um desejo e o negócio não vai mais ficar atravancando nossa garagem.

sábado, abril 18, 2009

Veja Digital

Talvez não seja novidade, mas eu só descobri hoje. Os quarenta anos da revista Veja estão disponíveis para leitura online, no link http://veja.abril.com.br/acervodigital/.
Foi um trabalho de 12 meses, que custou 3 milhões de reais, patrocinado pelo Bradesco. É como se fosse uma viagem no tempo, na história recente do Brasil. Experimente ir até a Veja da semana que você nasceu, por exemplo.
As revistas foram digitalizadas na íntegra, da capa à contracapa, incluindo propagandas. Além do conteúdo editorial, é muito interessante observar como evoluiu a propaganda brasileira.
Dá uma olhada depois me fala o que achou.

sexta-feira, abril 17, 2009

Endless Motion

Endless Motion é o nome da banda que arrumei aqui em Austin. Começamos a tocar juntos há mais ou menos um ano e meio, só de brincadeira, tocando em churrascos e ensaiando de vez em quando. Todos nós somos brasileiros e trabalhamos em empresas de tecnologia. O lance é bem relaxado, não há pretensões de fazer grandes shows ou ganhar dinheiro com a banda. O importante é tocar e se divertir. Se tiver gente nos ouvindo, melhor.
Da esquerda para a direita, na foto acima, estão André Bastos (guitarra), Ricardo Portela (teclados), Humberto Leandro (bateria) e Marcel Ribas (baixo e voz).  Aí ano passado eu joguei o desafio pra eles: tocar na festa de 7 de setembro aqui em Austin. A festa acontece num bar da cidade chamado Copa Bar, de propriedade de um brasileiro, o Sílvio, e é organizada pela loja brasileira aqui em Austin, a Ana Brasil. Eu havia tocado em duas edições anteriores desta festa, mas sozinho com o violão. O povo quer dançar, e fica difícil só no violão. Mas o que iríamos tocar nessa festa? O pessoal da banda gosta mesmo é de hard rock, heavy metal, rock progressivo... Eu disse a eles que o povo brasileiro aqui quer dançar, mas qualquer música conhecida brasileira tá valendo. Então montamos um repertório de pop rock Brasil anos 80 e 90, com músicas de RPM, Ultraje, Paralamas, Skank, Jota Quest, Titãs, etc, e fomos à luta. Deu super certo, a galera curtiu um monte. O André cantou algumas músicas, o Humberto cantou outras, foi muito divertido. Em seguida já fomos convidados para tocar em uma festa particular no mesmo local, com o mesmo repertório. Na época nos anunciávamos como poprock.br.
Acontece que como curtimos outros sons, também temos um repertório de rock em inglês. E pra completar agora começamos a tocar nossas composições próprias. Para esse fim, de composições originais, resolvemos nos chamar Endless Motion. Então é uma banda com múltiplas faces. Agora estamos investindo na Endless Motion, mas logo faremos um show com covers.
Nesta terça-feira representaremos a Ascendant Technology, minha empresa, num festival chamado Corporate Battle of the Bands, como eu tinha anunciado no meu blog de música. Esse festival é para angariar fundos para uma organização chamada HAAM (Health Alliance For Austin Musicians). O que eles fazem é fornecer convênio de saúde para os músicos que não têm um salário fixo e não podem pagar planos normais, entre outros auxílios. 
Neste festival, cada banda tem que ser patrocinada por uma empresa, que então doa mil dólares para a causa. Serão 11 bandas, 5 de composições originais e 6 de covers. Cada banda toca por 15 minutos somente. Tem prêmios para a melhor banda de covers, a melhor banda original, a banda que levantar mais dinheiro em doações, e um Grand Prize. Para esse Grand Prize é necessário que pelo menos três membros da banda sejam funcionários da empresa que patrocina, o que não é o nosso caso. Não esperamos ganhar nada, só o fato de tocar no Antone's já vale a pena. Pra quem não conhece, o Antone's é o templo do blues rock aqui de Austin, no mesmo palco em que já passaram Stevie Ray Vaughan, Arc Angels, Blind Melon, Alice In Chains, Eric Clapton, Bono e The Edge do U2, só pra citar alguns.
Nosso repertório é uma mistura de composições novas com coisas que já utilizamos em bandas anteriores, todo em inglês é claro. O problema pra mim tem sido cantar, pois com essa fenda nas cordas vocais está meio difícil. Mas vamo que vamo. Amanhã e segunda tem ensaio, e o show é na terça. Long live rock and roll!

Marcel, o artista gráfico

Esta semana um de nossos clientes nos pediu algo que foge um pouco do nosso escopo de trabalho. Ele nos pediu para fazer umas banners para a Intranet dele, alusivas ao Earth Day que é semana que vem.
Não tinha muita orientação do marketing, somente uns gráficos que eles queriam usar e um texto. Lá fui eu desenferrujar meus conhecimentos de design Web, que já não eram muitos, e lutar contra a minha deficiência visual (não vejo todas as cores e confundo algumas, algo parecido com um daltonismo). Adicione a isso o fato que agora uso um programa novo, o Adobe Illustrator.
Me ajudou muito ter comprado um livrinho chamado Illustrator CS4 On Demand, que tinha lições bem práticas, e depois de algum tempo eu fui encontrando o meu caminho. O resultado ficou bem legal, inclusive o cliente adorou! Será que já posso largar o suporte técnico e virar um artista gráfico?
Não é bem assim: primeiro precisa ter MUITA paciência. Por sorte eu percebi que chegam momentos em que você se revolta com a sua própria falta de experiência com a ferramenta de trabalho, e a melhor coisa a fazer é se afastar do computador e ir fazer outra coisa. Ou fechar o programa e responder emails. Ir fazendo o trabalho aos poucos é bastante produtivo. A cabeça fresca te permite ver as coisas com mais clareza.
Segundo, precisei da ajuda da Gi para me confirmar que os tons de verde que escolhi eram mesmo verdes. :)
Terceiro, não fiz nada complicado, somente umas formas geométricas e um texto em cima, aproveitando um padrão que eles já tinham (na cor azul), e utilizando os gráficos pré-escolhidos. Se precisasse fazer arte mais elaborada eu estaria frito.
Mas foi ótimo poder fazer algo diferente, algo mais criativo, voltado para uma preocupação mundial com o meio ambiente, e melhor ainda ter meu trabalho elogiado.
Ah, quer ver? Ainda não foi ao ar, depois que eles utilizarem eu coloco aqui.

quinta-feira, abril 16, 2009

Tecnologia a serviço do homem ou homem a serviço da tecnologia?

Muitas vezes me pego refletindo sobre se a tecnologia realmente ajuda a minha vida ou se o sentido da minha vida é somente tentar fazer a tecnologia funcionar.
Meu trabalho, para quem não sabe, é de gerente de Managed Services (Serviços Gerenciados) da Ascendant. O que fazemos é tomar conta da infraestrutura de serviços baseados em software IBM de nossos clientes, manter tudo rodando, sempre.
Quando tenho um tempo livre, quem disse que eu consigo me afastar disso? Claro, tenho meu futebol, meu handebol, e minha banda, mas em casa fico inventando coisas... Ontem, o idiota aqui ficou até as 4 da manhã fuçando num adaptador de rede sem fio para o XBox (é o videogame, aquele da primeira geração), para ver se conseguia utilizá-lo para conectar o receptor da TV de satélite na Internet, e com isso evitar uma cobrança por parte da operadora de 5 dólares ao mês. 
Claro que existiam outras soluções, como comprar um adaptador próprio pra isso, ou até mesmo passar um cabo por dentro da parede, mas não, o imbecil achou que ia resolver pesquisando na Internet, e não foi dormir enquanto não apanhou o suficiente. Primeiro que não tinha que ser ontem: eu podia fazer isso qualquer outra hora, e segundo que não vai ser por causa de 5 dólares ao mês que eu vou ficar pobre. Minha saúde acho que vale mais do que isso.
É o homem a serviço da tecnologia... eu fico perdendo tempo com estas coisas ao invés de me preocupar com o que realmente é importante. 
Mas por outro lado, hoje eu consegui fazer algumas configurações bem interessantes aqui em casa. Não temos aparelho de som propriamente dito, somente o computador e uma daquelas caixinhas de som para iPod. Mas eu também tinha sobrando em casa um roteador sem fio portátil, que eu usava para viagens. Como eu não estou viajando mais, me lembrei que esse roteador também pode ser utilizado como transmissor de música pela rede, direto do iTunes que roda no Mac. Me deu uma idéia: por que não conectar os dois, na nossa sala/cozinha, e poder ouvir música mesmo longe do micro? Hummm.... pensei: tô ferrado, vou passar a noite configurando esta naba. Graças a Deus foi rapidinho! 
Configurei o roteador, pluguei a caixinha de som nele, e consegui configurar o iTunes para transmitir som para lá. Fantástico, sonzinho no andar de baixo via rede sem fio! Acesso a toda a minha biblioteca de mp3! Mas... como trocar de música à distância? Vou ter que subir a escada toda hora? As músicas vêm de um desktop. Aí vem a cereja do bolo...
A Apple tem um programinha para iPhone chamado Remote, que te permite conectar remotamente a uma biblioteca do iTunes. Foi rapidinho de configurar, e é um barato! Pelo iPhone posso selecionar as músicas que quero que toquem no meu computador, e consequentemente (ahá, viu, já sem trema!) na caixinha de som na sala, via rede sem fio. Muito legal!
Tá bom, muito legal, etc, mas o que isso faz para resolver o problema do desemprego no Brasil ou a crise econômica mundial? Porcaria nenhuma... e aí é que eu fico me questionando: estará a tecnologia a meu serviço ou estarei eu vivendo de configuração em configuração, sem um propósito maior?