quinta-feira, maio 28, 2009

Eles estão de volta!

Ultimamente não tenho tido muito tempo para assistir TV, mas vou ter que dar um jeito. A ABC vai passar um remake de "V", a série que a Globo passou lá pelos idos de 1984, e que para mim marcou bastante. Se quiser uma resenha da série original dá uma olhada neste site bem interessante chamado Sobrecarga, clicando aqui.

Aqui está o primeiro trailer, vindo do You Tube:



Legal, não? Eu gostei bastante. Claro que a gente já sabe a trama, mas vai ser divertido assim mesmo. Gostei da presença de duas atrizes de séries que eu acompanho: Laura Vandervoort, a Kara (Supergirl) de Smallville e Elizabeth Mitchell, a Juliet Burke de Lost.

Parece que a idéia para esta primeira temporada é fazer apenas 13 episódios, no que eles chamam de mid-season, normalmente preenchendo o espaço de alguma série que dá um tempo. Pode ser até no horário de Lost. Eles tentaram o mesmo com Day Break há uns dois anos, mas não deu certo, pois Day Break exigia que você visse todos os episódios. Já esta não, acho que vai dar certo.

Aguardamos!

quarta-feira, maio 27, 2009

De volta à vida normal

Deixamos a família no aeroporto ontem. De repente a casa ficou silenciosa demais. Já estou com saudades. Soubemos que chegaram em Floripa bem.

Estou esperando meu carro na lavação e aproveitando para dar uma atualizada. Assim como muita coisa aqui nos EUA, a lavação de carros é uma linha de montagem.

Primeiro tem uns caras que aspiram internamente, dali o carro passa por um lava-rápido automático para água e sabão, depois um outro grupo enxuga o carro e um último grupo encera. Deve ter umas vinte pessoas no processo. Enquanto isso você fica numa sala com ar-condicionado, TV, Internet e pipoca de graça.

Hoje tem handebol contra o melhor time do campeonato. Vamos tomar outra surra como foi semana passada, mas pelo menos acho que hoje temos reservas.

Bola cheia da semana é o Barça, campeão europeu (jogaço), e o bola murcha é o Figueira, que estava ganhando de 2x0 e deixou empatar em menos de 3 minutos. Papelão...

Não esqueci não, em breve as fotos da Disney e Austin com a família. Aguardamos as próximas visitas!

quarta-feira, maio 13, 2009

De volta da terra dos sonhos

Orlando é sempre uma experiência interessante. Tem o cansaço físico mas vale a pena. Acabamos de voltar de lá e depois eu conto mais detalhes.

O ponto mais alto desta viagem foi passar o aniversário da Gi lá, com a família dela. Isso não tem preço.

Mas outro lance interessante, que não teve nada a ver com a cidade ou as atrações, foi o que aconteceu no hotel onde estávamos. Ontem caiu uma chuva daquelas de cinema, a brincadeira era que era tão bem feita que parecia real. O famoso "cacau".

Chegamos no hotel depois do jantar e a chuva recomeçou. O hotel chama-se Disney's All Star Sports e é muito grande. Nesta época do ano, maio, não tem muitos brasileiros, ao contrário de janeiro e julho. Nosso quarto ficava bem longe do lobby, e eu teria que caminhar debaixo de chuva para chegar lá. Resolvi dar um tempo por ali, fiquei olhando a lojinha, fui no banheiro, etc. A Gi e o resto da galera não aguentou esperar e foi. Quando a chuva diminuiu, eu me encaminhei para a porta, olhei para o lado e vi um rosto conhecido.

Sabe quando você conhece a pessoa mas o contexto onde você a vê não faz sentido? Eu pensei: "nossa, essa moça parece muito com a Nice". Demorei uns 3 segundos para me tocar que era realmente a Nice, Nice Moritz, da Cruzada Eucarística, irmã do Fábio e esposa do João Klein. Vê se pode?

Aí fomos encontrar o João que juntamente com o cunhado Danilo, marido da irmã da Nice, estavam espertamente tomando uma cervejinha também esperando a chuva passar. Que maravilha encontrar esse casal. Eles apenas começavam a viagem, vão ficar mais duas semanas em Orlando, e eu já estava de volta.

Quem diria que estaríamos em Orlando na mesma data, no mesmo hotel, e mesmo assim ainda nos encontraríamos antes de eu ir embora, dado o tamanho do hotel? Coisa de Deus.

Segue a foto pra ninguém dizer que eu estou mentindo. Depois conto mais da viagem!

quinta-feira, maio 07, 2009

Visitas

Quando se vive no exterior, vez ou outra aparecem parentes ou amigos para visitar. Eu e a Gi adoramos visitas, então sempre é um prazer. No entanto, a Gi tem a saudável mania de querer que tudo em casa esteja nos trinques. Agora entendem os posts recentes sobre melhorias domésticas?

Desde que viemos morar aqui, há três anos e sete meses, já recebemos várias visitas, temos um quarto de hóspedes preparado. Desta vez quem está chegando é a família da Gi: a mãe dela, com a irmã mais velha, o marido e dois sobrinhos. A Gi foi hoje para Orlando, e eu vou amanhã. Passaremos o aniversário da Gi com eles lá, e depois eles passam umas duas semanas com a gente em Austin.

É a primeira vez que a mãe e os sobrinhos da Gi voam de avião. Eles não falam inglês e nem sabiam como chegar no hotel, mas estava tudo programado: a família iria ontem de Florianópolis para Orlando, e a Gi sairia daqui para encontrá-los no aeroporto de lá. Pegariam o ônibus para o hotel e hoje já estariam aproveitando os parques de diversão. Mas deu tudo errado.

A Gi entrou no avião da JetBlue ontem de tarde para decolar às 3:35. Só que o avião apresentou problemas. Após uma hora dentro do avião esperando, eles mandaram todo mundo descer, e ficaram atualizando o status de 20 em 20 minutos. Até que três horas depois do horário previsto para embarque, cancelaram o vôo. É claro que não havia mais vôos para Orlando ontem e a Gi teve que voltar pra casa. Demorou um monte ainda para pegar a mala de volta na esteira.

Enquanto isso, eu tentava ligar para o sistema de transporte (chamado Disney's Magical Express) e mudar toda a programação. Depois de uma meia hora ouvindo musiquinha (Zip-a-dee-doo-dah, zip-a-dee-ay!) tentei reservar o transporte para todos, mas um dos quartos não aparecia na reserva do hotel. Acontece que eu havia feito as reservas via Hotels.com (economizando uns 200 dólares com isso), e houve algum erro nesse meio de campo. E o Magical Express não leva ninguém que não esteja associado a uma reserva. Como é comum, os americanos são muito presos a processos, regras e protocolos, e só após muita conversa consegui sensibilizar a atendente, dizendo que as pessoas tinham chegado do Brasil e tal, aí ela conseguiu me passar para o hotel que então fez a reserva. Aí liguei de novo para o Magical Express e consegui reservar o transporte. A essa altura a família já tinha pousado nos EUA, então foi em cima do laço.

O celular deles não funcionava, e a tensão aumentava. Finalmente conseguiram um telefone e nos ligaram. Daí passei as informações sobre como chegar no Magical Express Welcome Center, os nomes deles já estariam na lista, e aí era só entrar no ônibus e ir para o hotel. Só que eu esqueci de pedir para eles ligarem quando chegassem no hotel, então até agora eu não sei se está tudo bem. Tenho certeza que se algo estivesse errado eles iriam ligar, mas ainda não tenho certeza.

Levei a Gi no aeroporto hoje de manhã e ela já pousou em Orlando. Daqui a pouco devo descobrir se está tudo ok. Amanhã eu vou para lá e sábado já estaremos curtindo. Depois coloco fotos!

sexta-feira, maio 01, 2009

I'm your handy man

A mão-de-obra aqui nos Estados Unidos é muito cara. Qualquer serviço que envolve tempo e habilidades específicas é bem cobrado. O que é bom para o indivíduo trabalhador. É uma das razões pelas quais muitos brasileiros abandonam o país e vêm trabalhar aqui, muitas vezes de forma ilegal. Existe uma profissão aqui, que paga bem, e que é chamada "handy man", ou seja, o "faz tudo", o cara que mexe com eletricidade, carpintaria, encanamento, etc.
Uma hora de trabalho de um encanador, por exemplo, gira entre 90 e 100 dólares. Uma faxineira não sai por menos de 75 dólares, para uma faxina superficial de duas horas. Uma lavação de carro simples custa 25 dólares, e a com cera custa 40 dólares. As lojas de móveis e equipamentos em geral cobram bastante para entregar em casa, e bem mais se precisar montar o móvel ou instalar o equipamento. Bom para quem vive disso, não é? 
Entretanto essa cultura acaba gerando uma mudança de hábitos, e quem vem morar aqui tem que se acostumar. Ou paga e não reclama, ou aprende a fazer algumas coisas sozinho. No meu caso eu costumo avaliar e ver o que vale a pena fazer e o que vale a pena pagar para alguém fazer. Por exemplo, lavar o carro, eu prefiro levar pra fazer, ao invés de tentar eu mesmo. Eu passo três horas lavando, e os profissionais fazem em 15 minutos e fica bem melhor.
Quando chegamos aqui tivemos que comprar móveis para o apartamento. Custava uma baba pra entregar e quando havia disponível o serviço de montagem e/ou instalação, era outra baba. Então uma das primeiras aquisições foi uma caixa de ferramentas. Com exceção do sofá, todos os outros móveis que temos vieram desmontados e eu tive que brincar de Lego. A parte boa é que as instruções são bem feitas (na maioria das vezes) e tudo preparado para montagem fácil. 
Agora vivemos numa casa e tarefas um pouco mais complicadas surgem, como por exemplo pintar paredes, trocar lustres e torneiras. A família da Gi está vindo visitar e precisamos preparar a casa para as visitas. 
Resolvi pela primeira vez dar uma de encanador e instalar duas novas torneiras: uma na cozinha e outra no lavabo. Fui no Home Depot (espécie de Cassol ou Millium daqui, só que Super Sized como tudo nos EUA) e comprei as ferramentas necessárias. Fiquei especialmente feliz com uma tal de Basin Wrench, que é uma chave de boca só que com um ângulo e um cabo comprido, que permite você trabalhar nas conexões embaixo da pia. Deve ter no Brasil, mas eu não sei como chama. Apanhei um pouco no início para remover a torneira antiga, mas depois a coisa fluiu (sem a intenção do trocadilho).
No sábado fui instalar o ventilador de teto na nossa sala de TV/jogos. A Gi havia comprado um ventilador bem bonito, e eu finalmente criei coragem pra fazer. Aquelas coisas de sempre, encontrar o disjuntor correto para desligar, ter as ferramentas corretas etc. Me sinto bem mais confortável com a parte elétrica do que com o encanamento, claro. O bom é que não precisou passar mais fios: o controle é remoto, não se mexe no interruptor. Porém as instruções do ventilador eram um pouco confusas, por isso demorou um pouco mais. No fim deu tudo certo.
Durante a semana continuei pendurando quadros, etc. Agora falta o lustre novo para a sala de jantar. Vamos lá!